tome, doutor, esta tesoura e corte minha tristíssima pessoa/ vá me dissecando, me fragmentando em pedaços cada vez menores/ use bisturis de lâminas cada vez mais finas capazes de dividir-me indefinidamente
Continuar lendo#TBT
Faz escuro, mas não canto,
homenagem de José Carlos Peliano
a Thiago de Mello
Guardo de seu poema Madrugada Camponesa o destaque para o brilho incomparável dos versos que tão bem sabia sentir, conceber e construir como “agora vale a verdade, que se constrói dia a dia, feita de amor e de pão” e “lavro a luz dentro da cana, minha alma no seu pendão”.
Continuar lendoUM HOMEM SIMPLES,
por Lourdes Gutierres
Chega até mim a figura de meu pai que, sem nenhum afago, impunha seu código de virtudes: “nesse caso, você deve agir assim; nesse outro assim assado…”. E sempre, sempre, insistia: há de ter dignidade. Sem que nenhum Sócrates tivesse passado em sua vida, ele procurava extrair argumentos para questões diversas, do cotidiano ou mesmo da complexidade humana.
Continuar lendo#poema
Quinze de Novembro,
Eder Quintão
Você também é fã das histórias em versos de Eder Quintão? Vem saborear essa crônica poética, muito bem humorada, da Proclamação da República no Brasil
Continuar lendo#sextadepoesia
Trampolim,
de Tita Ancona Lopez
Então, não vejo mais nada.
Mergulho do alto
mesmo sem saber se o vazio é suficientemente fundo,
se há braços que amparem
ou se vou me machucar.
Creiam: não minto
Eder Quintão
Sou conhecido em algumas rodas como pesquisador e ainda preservo minhas faculdades mentais para ser ouvido e lido. Mas ando tão incomodado com certos fatos inusitados que achei melhor contá-los esperando não ser listado entre os malucos irreversíveis. Vamos a eles.
Continuar lendo#autoraconvidada
De Carmem Maia,
Cortina vermelha
Eu sempre gostei de me esconder. Nos lugares mais prováveis. Embaixo da cama, atrás da porta, atrás da cortina. Era tão fácil de me achar.
Continuar lendo#crônicas
A PALAVRA PERDIDA,
por Lourdes Gutierres
A roseira na entrada da casa sobe em direção à árvore da calçada, há flores e perfume. Por entre as grades, avisto bancos no jardim, nenhuma presença, nenhum som. A mudez é interrompida ao meu toque na campainha. Espero a chegada de alguém. A casa não está vazia.
Continuar lendo#poema
Conjecturas matemáticas sobre o amor
Eder Quintão
E se o amor coubesse nas equações matemáticas, e se deixasse explicar e prever? Ou será que é a matemática que fala de um amor que simplesmente nos escapa? Eder Quintão brinca com essas ideias…
Continuar lendo#poema
OLHO DE BORBOLETA, por Luciano de Castro
no dia em que vi meu amor pela primeira vez ela falava ao telefone com outra pessoa isso foi em agosto de 1989 o clima estava seco e eu sofria com amigdalite então eu disse a ela em tom de gracejo que os antibióticos é que me mantinham vivo ela riu…riu aquele sorriso ensolarado que me iluminaria os dias e as noites desde então
Continuar lendo#memórias
ENTRE FARDAS E DENTES,
mais uma história de Blanche de Bonneval
Quando quis abrir a porta, fui atacada por uma matilha de cães vadios que, famintos, se atiraram contra o carro, tentando me morder pela janela e a porta entreaberta. Estes rafeiros, beges, de pelo curto, com patas e pescoços longos eram extremamente perigosos e não hesitavam em estraçalhar – e devorar – homem ou animal. Não era à toa que os militares saíam todas as noites para matá-los a tiros de metralhadora do alto dos seus Toyotas.
Continuar lendo#boasleituras
Velhxs, por Bettina Lenci
Chova ou faça sol, os não velhos terão que aprender a conviver com o tempo, lembrança nada agradável porque sempre será o passado e… sem retorno! Velhos vivem a perda enquanto lutam para viver o presente com dignidade!
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