Me ensinou frestas de montanhas,
do murmúrio dos ribeirões,
ordenhar vacas e ler Kafka
A morte do Mestre,
Poesia em forma de ventre prenhe,
por Eder Quintão
Angústia
O que seria?
A flecha,
por Luciano de Castro
Acordei com gritos de desespero
Era um domingo de manhã
Ares,
por Paulo Akira
cheiro de pé
cheiro de boceta
cheiro de porra
cheiro de sovaco
cheiro de boca
carne de tantos cheiros
*Sossobros,
por Liliana Liviano Wahba
Escondeu a face na dobra do tempo
E não mais a achou
Reconheceu-se nas frestas das copas de árvores
Nos córregos escuros,
Continuar lendoO menino e o medo,
por Eliane Accioly
Um mosquito entra em casa
um avião invade o quarto
um helicóptero pousa no peito
Centro?
por Carlos de Castro
Percebi de imediato: O azimute estava certo, Batia com o rumo definido. Ignorava, porém, a topografia acidentada. Ali, sobre o ponto alto da colina O
Continuar lendoPoemas descobertos,
por Eliane Accioly
1. Duas marcas de nascença unem poetas, mesmo se ignoradas. Uma e outra, fontes de alimentar moinhos, movimentar monjolos, e se o poeta der sorte,
Continuar lendoDe viver e morrer,
por Eliane Accioly
Resta aos mortos depender dos vivos, para viver.
Eles chegam de quando em quando, inesperados,
Canção do Paraíso,
por Eder Quintão
Minha terra tinha palmeiras
Aonde cantava o sabiá
As vozes que lá cerceiam
Não cerceiam como cá
Dmitri Shostakovitch Rememorado,
por Eder Quintão
Em Dmitri inspirado
E sons emprestados
Fiz com eles sonhos
E versos encantados
Noturno,
por Paulo Akira
O medo tem asas de morcego, que eu tenho certeza, mora num canto da garagem. Quando vem o anoitecer, ele aparece. Não como um bicho
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