Vago tempo
Do eterno outono
brota anseio de renovação
Nova sinfonia,
Escalando,
por Eder Quintão
Ao ouvir
DÓ vibrei
E confiei
Meu cavalo não falava inglês,
por Luciano de Castro
Eu não tinha princesa
Não tinha bodoque
Não tinha pião
Mas tinha um cavalo e isso me bastava
Engrenagem,
por Lourdes Gutierres
As horas passam rangendo
Deixam atrás de si
ruído da engrenagem
Morte do gato,
por Eliane Accioly
Enquanto o gato que me habitava morria,
(sete vidas espertas e bem vividas agora moribundas)
um espelho explode um planeta,
A morte do Mestre,
por Eliane Accioly
Me ensinou frestas de montanhas,
do murmúrio dos ribeirões,
ordenhar vacas e ler Kafka
Poesia em forma de ventre prenhe,
por Eder Quintão
Angústia
O que seria?
A flecha,
por Luciano de Castro
Acordei com gritos de desespero
Era um domingo de manhã
Ares,
por Paulo Akira
cheiro de pé
cheiro de boceta
cheiro de porra
cheiro de sovaco
cheiro de boca
carne de tantos cheiros
*Sossobros,
por Liliana Liviano Wahba
Escondeu a face na dobra do tempo
E não mais a achou
Reconheceu-se nas frestas das copas de árvores
Nos córregos escuros,
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