Acabei de ler Sátántangó, do escritor húngaro László Krasznahorkai (Gyula, Hungria, 1954), e saí impressionada. O livro é denso, desafiador, mas profundamente revelador sobre a condição humana.
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Acabei de ler Sátántangó, do escritor húngaro László Krasznahorkai (Gyula, Hungria, 1954), e saí impressionada. O livro é denso, desafiador, mas profundamente revelador sobre a condição humana.
Continuar lendoGeralmente já sei!
Respondo, depois do Instagram me perguntar pela enésima vez a mesma coisa: você sabia como cuidar do peso dos seus pés inchados ou o você sabia que basta misturar farinha com ovo que teremos um nhoque ou o você sabia que para fazer maionese basta um liquidificador e óleo ou, mais irritante, o você sabia e segue a receita de cozinha que já tinha sido herança da minha avó.
Continuar lendo“Sempre tendera a encarar as coisas despreocupadamente, a acreditar no pior somente quando acontecia, a não se inquietar com o dia seguinte…”
Franz Kafka
Descobri que a origem do termo vem do tupi “aku’ti” que nomeia o pequeno mamífero roedor. A cutia tem hábitos diurnos e era até criada como animal de estimação pelos indígenas. Quem sabe se a imemorial brincadeira infantil, o corre-cutia, não tem sua raiz na época colonial quando os nativos aculturados viviam junto com os primeiros brasileiros, especialmente com as crianças. Quem sabe?
Continuar lendoAs cartas eram tudo, relatos de viagem, narrativas do cotidiano, notícias de família, boas e más, pedidos, declarações de amores e comunicados de desamores. Sempre a incógnita do envelope que era entregue , conservado na mão, no bolso ou na bolsa, até o momento de abrir, na privacidade do quarto.
Continuar lendoO tempo passei/Quando fiz meus dez/Bem vividos e nem lembrei
Então caminhei/Atingindo aqueles vinte/Porém, neles nunca pensei
Mas fui em frente/Quando em trinta cheguei/E então até me entusiasmei
Continuar lendoAssim que me calei, uma voz chegou aos meus ouvidos: “Se te tornas isto, serás aquilo”. RUMI (Jalāl al-Dīn Muḥammad Rūmī, poeta persa do século 13)
Continuar lendoLá estava, um a mais na procissão de dias, acocorada, cotovelos nos joelhos, mãos apoiando a cabeça, parecia corcova de cupinzeiro, imóvel, olhar fixo, onde? Nem a respiração preguiçosa lhe movia, tampouco o friozinho conseguia tirar dela alguns arrepios, manhãzinha bem cedo, somente ela e alguns quero-queros trocando passos pela beira do lago, encoberto por uma larga e rala cobertura, qual algodão doce.
Continuar lendouitos atravessam a vida sem ter contato com a morte. Outros a veem de passagem, quando perdem alguém querido. E há aqueles que convivem com ela cotidianamente. Coveiros, agentes funerários, enfermeiros, médicos: cada um concilia vida e morte à sua maneira. Uns tornam-se duros, outros filósofos, alguns se matam. Vou contar aqui como entrei para “esse grupo”.
Continuar lendoPor volta dos meus 11 anos, no recreio do ginásio, uma amiga inteligente e persuasiva me chamou de lado e disse: tenho que te mostrar algo que você irá adorar. Era um livrinho de capa azul, em pelica, com arremates dourado. O texto e as ilustrações em papel bem fino e delicado. Lembro da boa sensação ao manuseá-lo. O tema versava sobre o fim do mundo e o surgimento de um novo Paraíso para os que se salvaram. Já na primeira página a ilustração de uma família feliz abraçada no Éden, agora a nova Terra, que dizia: e Deus enxugará tuas lágrimas, e não haverá mais sangue, nem suor, nem dor.
Continuar lendoO boi tem aqueles dois chifres na cabeça: são meros enfeites inúteis, só isso. Os mamíferos têm as mamas nos peitos, mas na vaca elas ficam atrás o que a impede de beijar a cria enquanto amamenta, prova irrefutável de ser um animal utilitário destreinado em afetos o que também é útil ao humano. O boi está sempre em pé sobre as quatro patas, e até quando dorme nunca fecha os olhos.
Continuar lendoSe você, como eu, adorava as histórias de Agatha Christie, Conan Doyle, Simenon, e Hercule Poirot, Sherlock Holmes e Jules Maigret eram seus herois no início da adolescência, então você vai se deliciar com O Clube do Crime das Quintas-feiras, do apresentador da BBC britânica e escritor Richard Osman.
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