A manicure perguntou apontando a caixa de esmaltes:
– Qual cor gostaria?
As opções eram muitas. Eu ia levantando os frascos e lendo o nome das cores, todos muito poéticos, até que me deparei com um chamado: “Poder de Muitas”.
Continuar lendoA manicure perguntou apontando a caixa de esmaltes:
– Qual cor gostaria?
As opções eram muitas. Eu ia levantando os frascos e lendo o nome das cores, todos muito poéticos, até que me deparei com um chamado: “Poder de Muitas”.
Continuar lendoVou pro Word em busca do texto e qual não é minha surpresa ao deparar com todo meu arquivo em branco. Começa a busca frenética, a cabeça a mil tentando lembrar onde poderia estar. Tento de várias formas, buscando pela palavra central, ou pela última, nada. Volto pros backups, tudo ok e nada no Word. Tento outro texto mais recente. Zero! As pastas vazias!
Continuar lendoEm uma tarde preguiçosa decidi comer uma mixirica. Ou mexerica? Não importa! Comecei a descascá-la e me percebi admirando sua cor, seu brilho, a organização dos gomos e a facilidade para tirar sua casca. Pensei: é um belo design, teria sido criado por Deus?
Continuar lendoA sabedoria dos velhos chega não porque eles são mais experientes. Ela aterriza porque estão mais cansados.
Não cansados da vida, cansados de aprender sobre ela.
Às 12:20 a luz do sol bate inclemente, fazendo com que a sombra flutue deslocada do corpo, que se move com hesitação. A ilusão da luz faz acreditar que são quatro as pernas, em vez das duas, delgadas, que tentam escalar a parede lisa. Ela tenta e cai, tenta e cai…
Continuar lendoHavia sempre um aroma convidativo no ar. Essa alegria de fazer para os outros me contagiava. Ficar na cozinha era um verdadeiro prazer. E poder ajudar era quase celestial. A colher de pau estendida com a mão de uma delas por baixo, a segurar, para não vazar, o caldo que escorria para dentro da boca, à espera, em coro suspenso, do seu veredito – “mais sal” ou “menos sal” – me colocava no Olimpo da culinária judaica.
Continuar lendoA situação politico-militar em Duchambé, capital do Tadjiquistão, estava muito ruim neste momento e tivemos de ficar vários dias em casa por causa dos embates
Continuar lendoSentado num dos bancos verdes do Clube Naval (aqueles que ficam bem próximos à Lagoa), eu lia um Drummond de 1957 quando uma vozinha infantil roubou minha atenção: “patinho, patinho, vem aqui, patinho”. Olhei pra esquerda e vi, agarrado à grade de proteção, o rapazinho de uns 5 anos que insistentemente chamava pelo morador lacustre.
Continuar lendoO homem baleia é um homem culto . Professor de literatura online, generoso com seu saber e que deseja transmiti-lo aos alunos. Continuadamente, enquanto ensina, insiste ser necessário ter coragem para encontrar o seu lugar ao escrever e, para reforçar tal convicção, afirma mais de uma vez que seus alunos precisam “ser verdadeiros consigo mesmos”
Continuar lendoVocê fechou os olhos há pouco mais de duas horas, e, segundo meus amigos rabinos, sua alma está por aqui, começando a caminhada para o Gan Éden. Todos já se foram, e rapidamente. Agora, totalmente só, encontro apenas você para me fazer companhia.
Continuar lendoCom incrível facilidade a autora se cola na pele de outras pessoas (gente que ela vai buscar sabe deus onde). E absorve, canibal, as suas gramáticas estrangeiras. Às vezes, nos melhores casos, a autora desaparece (sem deixar vestígios!). Fica somente o personagem, ali, sozinho, errante, no meio da página.
Continuar lendoVenho do século passado imbuída desta percepção retrógada sobre o que pode ser definido como arte e seus limites e esbarrei hoje num vídeo que se intitula “SAVAGE X FENTY SHOW” no qual Rihanna é a protagonista.
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