O que fez Elizabeth Bishop escrever sobre tantas, tantas coisas e perdas? Por que escreveu?
Por que Mary Ann Evans se fez George Eliot só para escrever? Por quê?
Carolina Maria, que catava lixo, escreveu. Por quê?
E as irmãs Brontë?
J. K. Rowling inventou Herry Potter. Que bruxaria a fez escrever?
…por que escrevemos?
BARRA DO NHEMBÚ e a distribuição das cartelas de pílulas anticoncepcionais
Blanche de Bonneval
Distribuímos as cartelas de comprimidos anticoncepcionais e explicamos às mulheres como tomá-los. Avisei-as que estaria a sua disposição para sanar as dúvidas que poderiam ter.
Continuar lendo#boasleituras
Os sonhos nossos de cada dia,
José Carlos Peliano
Parafraseando Fernando Pessoa com seu magnífico verso “navegar é preciso, viver não é preciso”, pode-se dizer com a mesma força poética que “sonhar é preciso, viver não é preciso”. Ou então se sucumbe! O sonho dormido ou acordado é a válvula de escape da pressão diária da vida de cada um.
Continuar lendoEstando eu posta em sossego…
por Silvia Ancona Lopez
Senhora,
Confesso ter estranhado muito a sua mensagem. De início, pensei em não responder, pois não lhe devo nenhuma satisfação e não vejo motivo para lhe falar de minha vida pessoal, muito menos de minha vida amorosa. No entanto, tenho uma característica – ou, talvez, seja um defeito – gosto de deixar as coisas claras. Não suporto mal-entendidos ou que permaneça apenas a visão unilateral de um fato. Segue, pois, o que se passou.
A CARTOMANTE,
por Zulmara Salvador
“Tédio: Sensação de enfado produzida por algo lento, prolixo ou temporalmente prolongado demais; sensação de aborrecimento ou cansaço, causada por algo árido, obtuso ou estúpido”.
Continuar lendoÚltima Despedida,
por Liliana Wahba
Chorar por quem não está mais;/Chorar pelo inacabado/que nem chegou a ser;/Chorar pelas suas dores transidas/já passadas,/desvanecidas;/Chorar pela sua alegria de viver/ estraçalhada, rompida,/agora muda e esquecida;/Chorar pelo que não mais vês nem sentes,/e continua sendo, imperturbável.
Continuar lendoHoje eu chorei, por Regina Valadares
Fazia tempo que não chorava. Muito tempo. Parei diante do quadro da minha mãe, aquele quadro que tem sido minha única mãe desde os meus 20 anos, e chorei. Olhei fundo nos olhos dela e vi os meus, tristonhos e ao mesmo tempo quase alegres. Solitários. Eu assim tão só, pensei na música. E chorei. Bem baixinho.
Continuar lendo#memórias
Botões,
por Carlos Fernando de Castro
Vai pro gol!! O alerta obrigatório antes do chute contra o gol adversário continua o mesmo, mas cada época, cada local e cada geração associa esse grito a diferentes imagens e recordações. Um grito que desperta emoções. Voltemos à São Paulo da década de 60. Mais especificamente à tranquila rua Guia Lopes na Mooca.
Continuar lendo#essesnossosnetos
ALICE E A VIAGEM PARA A ITÁLIA,
por Lilian Kogan
Era dezembro e eu tinha acabado de chegar de viagem, estava com muita saudade da Alice, minha neta. Fui buscá-la na escola. – Vovó você sabia que eu vou morar na Itália? – Nossa, acabei de voltar de lá, que coincidência, Alice. Eu não estava sabendo, quando será ? – Antes do Natal, hum, não sei, talvez depois… Quanto tempo falta pro Natal? – Tá pertinho, Alice. – Tá, acho que vou depois. – Mas por que você quer morar na Itália?
Continuar lendoFermento,
por Tita Ancona Lopez
Chamava a atenção. Era bonito, parecia macio e, além disto, transmitia um calor que percorria o corpo de quem olhava. Era alguma coisa que preenchia como se, através dos olhos, entrassem complementos para todos os sentidos resultando em plenitude, só de olhar. Naquela tarde havia muitas pessoas ao redor em paz e silencio quando algo inesperado aconteceu.
Continuar lendoO horror do horror
(tributo às vítimas das guerras contemporâneas),
por José Carlos Peliano
Meus ouvidos não escutam as explosões de bombas, gritos, gemidos e choros/meus olhos sequer se enfumaçam ou se entulham de escombros, mutilações, fumaças tóxicas/meu nariz escapa do cheiro e do pavor da morte/e da lenta e torturante agonia dos destroços humanos
Continuar lendo#autoraconvidada
A difícil arte de viver sozinho…depois dos 60
por Thaty Marcondes
Envelhecer é um treco complicadinho mesmo, principalmente quando se é sozinho. Como dizem por aí, realmente é a idade do Condor: dói tudo, além da lei da gravidade e da gravidez (no caso das mulheres) surtirem efeitos drásticos nessa época. Nem o botox disfarça mais as olheiras: “Seu caso é de plástica” – diz a dermatologista.
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