“O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.”
Carlos Drummond de Andrade

“O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.”
Carlos Drummond de Andrade
Paro no engarrafamento do Glicério: nada a fazer, esperar desentupir contemplando o chuvisqueiro que segue impassível. É quando alguns sons agudos conseguem invadir minha nave. Vem dos baixos do viaduto. Um filhote de cachorro latindo e correndo com uma criança maltrapilha de 3 ou 4 anos. Brincam felizes, alheios à manada de veículos que rasteja ao lado. A felicidade existe, vive de instantes, está ali a prova.
Continuar lendoFez uma vida digna, casou com rapaz de boa família, teve cinco filhos, os educou bem: três homens de boa profissão e renda, duas mulheres ótimas mães de família. Após criar os filhos se dedicou a causas sociais, participava de quermesses da igreja, de grupos de caridade, arrecadava fundos nos natais para dar brinquedos às comunidades carentes e outras ações beneméritas. Era tida como caridosa, altruísta e moralmente impecável.
Continuar lendoErroneamente atribuído a Drummond, o poema “Ser Mineiro” foi escrito pelo patrocinense José Batista Queiroz e é uma ode ao jeito mineiro de ser (acho que Drummond não seria mesmo tão generoso)
Continuar lendoHoje é domingo, dia de reflexão. “O tempo que passa” é meu tema sobre os assuntos propostos pela vida e pela humanidade. Ele passa assim como o meu tempo e o do Brasil.
Continuar lendoUma igrejinha, daquelas construídas nos tempos mais recentes. Não tinha ouro, nem mármores, nem um altar cheio de esculturas. Construída e mantida simplesmente pela fé, e talvez ainda mais pelo senso de comunidade, de pertencimento a um grupo. Assim é a Igreja de São João Evangelista, numa pracinha pequena, num bairro esquecido de crescer.
Continuar lendoA QUEDA, título desta crônica, não falará sobre a queda do dólar, a queda dos ambiciosos, dos projetos climáticos, a desejada queda do Putin e tampouco sobre a queda de qualquer um dos dois presidenciáveis. Não falará da queda do terceiro Reich, da queda da intolerância, da colonização continuada, da queda do preconceito, da queda da não-inserção social, da queda da incidência, da queda da falta de educação, do câncer, Alzheimer e por aí vai.
Continuar lendo“Nosso século XX é o século do medo” escreveu Albert Camus em 1946 sob o título “Nem vítimas, nem carrascos”. Esse medo, inerente à história da humanidade, se reacende em determinados períodos: “um medo coletivo pesando em nossos corações”, foi escrito por Jung em 1958.
Continuar lendoMengálvios, não devem existir muitos. Não sei por que cismei com ele hoje. Deve ser por causa da ausência de heróis, que levam a gente a invocar a turma do segundo escalão. Os atores coadjuvantes da vida, sempre tão necessários…
Continuar lendoNa propriedade dos meus pais, em Belvès Val d´Or, sudoeste da França, tem um corredor onde há um grande armário chamado o armário da tia Louise. Quando eu era menina e perguntava a razão do nome, todos riam meio sem jeito e desconversavam. Até que, quando me tornei adulta e perguntei novamente a respeito, contaram-me a história.
Continuar lendo“Precisamos de uma tela em branco”, decidiu o psicanalista e dramaturgo Sergio Zlotnic, em um encontro de amigos. Nascia ali o Clube dos Escritores 50 +, um espaço livre e aberto para acolher a imaginação dos escritores maiores de 50.
Continuar lendoPolítico/Voto laça/Como coruja/
Bicho caça/Político/Em voto que pede/É urubu/Em carne que fede