Conheci águas profusas
Com olhos embaçados e visão turva
Justo na hora em que me afogava
Reconhecia agora
Conheci loucas ventanias
Com os olhos semifechados e lacrimejantes
Justo na hora em que fugia com medo
Reconhecia agora
Conheci escuridão profunda
Com olhos arregalados, querendo enxergar
Justo na hora em que estava perdido e só
Reconhecia agora
Conheci a violência das ruas vazias
Com olhos assustados, sem querer ver
Justo na hora de dormir, eu o caminheiro
Reconhecia agora
Conheci o sono profundo doente entorpecido
Com olhos pregados para não encarar
Justo na hora que a loucura deprimida me partia
Reconhecia agora
Conheci sensações ebulientes
Com olhos apertados e olhares difusos
Justo na hora que me bolinavam, me abusavam
Reconhecia agora
Não soltamos pipas em pulsos cortados
Não remamos contra o estouro da boiada
Mas, até o que os olhos não viram, não deixamos de sentir
Reconheço agora
Vera,
li seu poema (“Re)Conhecidos.
Gostei muito.
sério e profundo como quando se vai dormir
recordando sobre a vida que já foi.
um abraço
Obrigada Bettina! À ora de dormir, tudo parece mais “pesado”. Beijo e obrigada pelo olhar.
Boa Noite Minha querida e amada Vera .
Parabéns por todos os Poemas que nos entrega de presente com tudo de maravilhoso que nos faz vivenciar.
AMO TODOS e esse mais um poema lindo. Deixo aqui o meu carinho e um grande beijo no teu Coração.
Abraço Lady