Psicobélica, por Eliane Accioly

A criatura acima sou eu, psicobélica, personagem da família dos atravessadores. Macia ao toque e nem tão cheirosa, odeio água, pois banhar-me rouba-me a pele, a tatuagem. Desapareço. Lembram-se? Sou invisível. Geralmente. Os fios que partem de mim são meus instrumentos de tocar e ser tocada. Sou virtual, sem blogs ou outros desses meios, os entre rios, como me mostrar?  Quando, às vezes, você sentir um calafrio, um sopro no pescoço, uma coceira na cabeça, poderia ser eu, tocando-o. Como diria Clarice Lispector, minha musa, “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento”.

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