Senhor
dai-me um pé carregado
de esperanças maduras
dai-me o caminho
da casa de minha vó
dai-me o pedaço de inocência
que esqueci lá em Minas
dai-me um verso de Adélia Prado
pra eu me aconchegar
e chorar
num domingo à tarde
dai-me uma tarde
pura, branca, sutil
pra eu esperar a noite
sem medo, sem dor
e apenas dormir
dormir
Que lindo Luciano! Li e reli.
Abraço
Tita
Muito obrigado, Tita.
Luciano, parece que Minas deixa saudades continuas e silenciosas nos poetas e escritores.
Deve haver algo de muito especial por lá.
Tenho um amigo escritor, Marcilio Godoi. Ele como você decantam Minas de uma maneira diáfana, leve , sutil como
se as Minas estivessem embrulhadas em uma névoa que só aos mineiros pertence.
Obrigado pelo carinho, Bettina. Acho que essas Minas embrulhadas em névoas como você menciona pertencem a todos nós, inclusive aos paulistas que estão logo ali, do outro lado da montanha.
como você tem poesia nas veias, Luciano!
Coisa mais linda de ler e reler…
Pena que eu não tenha uma Minas em mim para pedir:
“dai-me o pedaço de inocência
que esqueci lá em Minas”
Muito obrigado, Lilian, pelas suas palavras sempre generosas.
Também eu não tenho Minas em mim, mas me reconheço nestes fragmentos delicados que você pinçou do teu vivido.
Parece que não importa onde foi.
Bonito, tocante!
Que lindo, Luciano!
Amo ler seus escritos. Cada verso fala particularmente ao meu coração… também digo “amém” a essa linda prece. Parabéns!
Muito lindo
Um belo poema silencia a gente por dentro.
Obrigada, Luciano