Por vezes me pego meio assim-assim. Não querer falar, nem ler o pasquim. Não quero escutar nem Gabi Melim. Não quer cheirar nem flor de jasmim. Chego a renunciar uma mesa de bar na Gal San Martín.
Martin ou Martan? Sei lá! A vida é tão vã, uma grandeza chã, uma febre terçã, uma zanga de Tupã. Eu que nem tenho Instagram. Queria mesmo era possuir o brilho de aldebarã e os poderes de Orion.
Ah, isso é bom, o samba do Tom: andar pela praia até o Leblon. De noite, o neon. Abusar do condom. Pardon, mademoiselle, pardon. Eu vou te beijar e gastar teu baton. No meu Armagedom, hoje eu sou Jason e não temo a Medeia.
Devagar com o andor, ó gente caldeia. A vida é batalha, mas não epopeia. É preciso, às vezes, ficar de alcateia. Nem tudo é tão belo como a flor da azaleia. Há que encenar a peça, mesmo sem a plateia. Tempus regit actum.
Hum, chega de complicar. Quero a vida comum. Sem enfeite nenhum. Feito canto de anum. Carne com jerimum. Sorvete é de passas ao rum, mas se lá não tiver, pode ser qualquer um. No mais é esperar esse tempo passar vendo as fotos no álbum.
Que leveza…
Adorei!!
Que delícia! Que prazer você me proporcionou Luciano, nem imagina! Adorei. Parece um mágico fazendo encantamentos na minha frente, encantando a plateia, de boca aberta.
Palavras que encantam a nossa alma. Enriquece o nosso saber. Parabéns 🎊
Que sensibilidade, me senti parte do poema. Muito lindo! Parabéns pelo talento! Obrigada e continue nos presenteando.