Clube dos Escritores 50+ José Carlos Peliano amo livros

Uma breve arqueologia do livro e o meu alumbramento, por José Carlos Peliano

Segundo essa interpretação, portanto, cada e todo livro é oferecido e trazido pela memória aos becos e ruelas da recordação e/ou da imaginação povoadas pela vida afora. Se vai ser levado ao público ou não depende de cada um. Seguindo adiante, vive-se dessa forma numa monumental biblioteca universal onde é guardada a memória expressa ou não de toda a existência da vida humana e do meio ambiente.

Continuar lendo
Clube dos Escritores 50+ Carlos de Castro Bahia

Bahia, por Carlos de Castro

Um sacolejo forte desmanchou o devaneio. Trechos esburacados da estrada tornaram a viagem mais lenta e sacolejante até o desembarque, horas depois. Na noite quente da Bahia, três jovens mineiros, mochilas nas costas. Uma rápida exploração do entorno, um lanche na padaria – regado a muita cerveja – e se instalaram numa pousada próxima à rodoviária. O dia seguinte era dois de fevereiro: festa de Iemanjá. Téo não fazia ideia do que o esperava.

Continuar lendo
Clube dos Escritores 50+ Carlos de Castro Santana Mestra Museu de Arte Sacra de São Luis do Maranhão

#avozices
Avó Mestra, por Carlos de Castro

Santana é nome de bairro, de linhas de ônibus, estação do Metrô, de cidades. Muitas cidades: Do Livramento, de Parnaíba, Feira de Santana. Conheci até a minúscula Santana da Ponte Pensa, lá para os lados do Rio Paraná. Está também no nome das pessoas, como Sérgio Santana, grande escritor brasileiro. Evidentemente nomeia a própria santa, embora a maioria das pessoas não se dê mais conta disso.

Continuar lendo
Clube dos Escritores 50+ Zulmara Salvador Nona

#avozices
Nona, por Zulmara Salvador

Ela pegava uma faca bem pequena, tirava fios da massa da bala e começava a fazer o “puxa”: estirava com as mãos. Era uma mágica. A massa crescia e diminuía nas mãos da minha avó. Depois ela rodava, rodava e rodava a massa até que fazia um grande nó. Jogava na bancada de novo, passava coco fresco, cortava com cuidado milimétrico e punha cada pedacinho num pano de prato branco, branco, muito branco, que parecia novinho. Quando ela me dava um pedaço daquilo, ainda quentinho, eu chegava num tipo de céu infantil. Um paraíso onde só chega quem tem uma avó!

Continuar lendo