Vago aceno
de mão fugidia
Sem toque nem contato
do desalento resvala pálida dor
Em algum ponto difuso
perigo à vista
Mortalha intocável
abre fenda
isola o amado
afasta abraço
Há outra urgência
de simples respiro
nada além do ar que entra e sai
Vago tempo
Do eterno outono
brota anseio de renovação
em cores, perfumes, afagos
Promessa de futuro
passou ontem
pela minha janela
Vi em seu rosto transverso
traços da anunciação
Entre ramagem seca
certo horizonte luminoso
pronto a se fazer júbilo
desponta do escombro
Vago sonho
Do eterno outono
ecoa nova sinfonia
Assim é.
Ma-ra-vi-lho-so! Parabéns, Gugu. Belíssimo poema inspirado no mais alentador dos sentimentos: a esperança. Que soprem logo os bons ventos da bonança.
Um beijo carinhoso.
Que sensibilidade! Nos trazendo alento e novas esperanças e revelações
Nossa! É o retrato mais suave que já vi do momento que estamos passando! Nem por isso, menos dramático!
Que bom acreditar em dias melhores! Pressentir, desde já, essa renovação!
Lindo poema e mensagem otimista! Parabéns, Lourdes! Sua presença faz o nosso mundo melhor! Bjs
Bravo, Lu! Que beleza de poema. Triste, delicado, retrato belíssimo de um momento trágico e feio. Só um poeta para traduzir nossos anseios de uma nova sinfonia. Obrigada!