No ocidente o pretinho básico, justo, elegante, corte impecável e microfibra de última geração. Silhueta esguia, salto alto em sapato preto de sola vermelha. Na Índia sedas coloridas e xales flutuantes, dedos do pé a mostra com unhas pintadas e mãos desenhadas, formas arredondadas. Na África vestes de vibrantes cores em algodão, turbantes e volumes, a pele negra reluzindo com o fundo laranja, verde, amarelo…
Estilos do feminino, estilos de mulher. O que elas têm em comum: tão diferentes e tão iguais? Querem amar e serem amadas, querem ser respeitadas, poder escolher entre a maternidade e a sedução, ou alternar, querem saber-se inteiras, casadas ou solteiras, depender do afeto sem depender pela sujeição. Querem ter a liberdade de ceder por escolha ao invés de submissão. Querem ser, com estilo.
LILIANA LIVIANO WAHBA – Psicanalista junguiana. Profa Dra da PUC-SP. Diretora de Psicologia da Associação Ser em Cena – Teatro de Afásicos. Autora de Camille Claudel: Criação e Loucura.
Bela maneira de falar de nossos desejos e estilos, pois são o que nos constitui.
Uma amiga inventou um verbo que nos cai bem: mulherar.