Resta aos mortos depender dos vivos, para viver.
Eles chegam de quando em quando, inesperados,
em memórias,
imagens lusco-fusco.
Se me lembro de festas e viagens,
percorrendo com minha amiga pequenas cidades
antigas,
conhecendo a Casa do Bandeirante,
entrando em igrejas escuras,
não vou negar, fico triste.
Ainda não sei se por ela, se por mim,
se por nossa (perdida) juventude
Tão lindo, Tão triste.
Temos saudades, sempre.
Você retrata bem as evocações vivas e doloridas que se contrapõem à ausência, total, definitiva, sem sublimações possíveis, a não ser se reconhecer na tristeza e abraçar quem ficou.
Eles e elas vivem na gente.
Como é impactante a primeira estrofe! Sintetiza o que estamos vivendo. Um achado.
Só um belo poema é capaz de amenizar e dar alento às coisas dolorosas que ele mesmo diz. Grato, Eliane.
Gostaria de fazer minhas as palavras do Paulo!
nao sou poeta mas acho que sei reconhecer a boa poesia.
bj