Qual lenda de fada
Uniram-se um dia
Em conversa fiada
O conto, a crônica,
O canto e a poesia
Disse o conto atento:
Não tendo o intento
E nunca a maldade
De contar a verdade
Enlevo com invento
A crônica retorquiu:
Só falo o que se viu
E muito do que sinto
E até o que pressinto
Porém jamais minto
Replicou o canto:
Mesmo em pranto
Sempre encanto
Enquanto fascino
A cantar um hino
E a bela poesia
A que tudo ouvia
De tudo isso dizia
Que só ela sentia
Amor, dor, agonia
A conversa seguia:
Só nós fascinamos
E jamais cobramos
Por conto e crônica,
Ou canto e poesia
A cada momento
Naquele evento
De encantamento
Havia um portento
A declinar talento
Mas como um trovão
Ouviu-se um refrão
O que creem que são?
Sem mim nada seriam
E muito menos diriam!
Enfim subjugadas
Talvez resignadas
Sentiam que soava
O som da palavra
A qual imperava
Com sua teimosia
E bem feliz sorria.
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EDER C. R. QUINTÃO – É graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina desde 1959, doutor em Endocrinologia, comendador da Ordem do Mérito Científico pela Presidência da República do Brasil, livre-docente de clínica médica, professor, pesquisador, membro da Academia Brasileira de Ciências e avô orgulhoso de três netos. “São o mais importante feito do meu CV”, segundo ele. Escrever não entra no CV, é paixão.
Eder, não sabia que você brincava com palavras, contos, cantos, rimas, pensei que eram só órgãos e sangue e veias e fluídos e glândulas.
Uma bela surpresa! Bem vindo ao clube.
Tio Eder amado!!!! Amei suas palavras, como não incluir este lindo feito em seu CV!!!! Muitas saudades suas e de Tia Lili. Com todo meu carinho deixo aplausos para seu lindo jogo de belas palavras em formato de poesia!!! Simone
bravo, dr comendador! 🙂
Eder – prazer em vê-lo por aqui!
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