…mínima célula ridícula/sub humana/ e nem guardei em mim/
o universo/Outros milênios/até me descobrir/mortal/Sendo mortal/perdi o medo/do infinito[…]
Poesias que se fazem,
por Eder Quintão
Faz-se poesia | Com ou sem | Ritmo e rima | Ou cadência | E sem poupar | Quantas linhas | E quão longas | Mas se anima | E é de amor | Bom humor […]
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Lourdes Gutierres, a liberdade
e o senhor das certezas
Por tempo sem fim/sem nada de meu/segui seu rumo/desnuda de mim/
em véus de nenhum eu […]
ao diabo a democracia!
poema bem-humorado de Eder Quintão
Pois tudo se faz em votação/
Direta pelo voto da população/
E para habilitar-se ao paraíso/
Exclui-se obrigação de batismo/
Nem se demanda tenha juízo/
Mas bom humor é obrigação […]
Lachrimae,
poema musicado de Leo Forte
O sexo sem estímulo, desejo, murcho.
Nos ouvidos o som do lamento, lamento, lamento…
nada. […]
ÚLTIMO ANÚNCIO,
por Lourdes Gutierres
Perguntou-me
numa noite escura como estampar no rosto anúncio de novo poema. Queria encobrir cicatrizes com molde da alegria. […]
A QUARESMEIRA,
de Luciano de Castro
No pragmatismo da urbe, não cabe ter dó de planta, sentimentalismo banal
Na sociedade moderna, mobilidade é tudo e uma placa de trânsito é fundamental […]
Os ossos,
por Luciano de Castro
Osso de latifundiário, osso de posseiro, osso de beata, osso de meretriz
Tudo vira a mesma matéria: dura, inerte, calcárea
Tudo vira o mesmo despojo
Terra e Tear,
por Eliane Accioly
Reunidas no tear/mulheres tecem/
fios e ciclos/
de um tempo lunar
Cantiga militar,
por Eder Quintão
De Portugal foi Salazar
Mas acabou dando azar
Pois mandou-o passear
Nova sinfonia,
por Lourdes Gutierres
Vago tempo
Do eterno outono
brota anseio de renovação