Ser avó é ter amores redobrados
Escrever histórias gravadas na profundidade da alma
Redescobrir o encantamento do mundo
e renovar visões inesperadas
Doer-se pelo futuro, querendo sustentar seguranças
Aquirir brilho no olhar, mirando o desabrochar de netos
que são cadeia geracional,
mas, principalmente, um presente, uma dádiva
Colorir a vida de afeto e surpresa, de admiração e de graça
Saber-se disponível para receber plenitudes
Preencher-se de abraços e sorrisos, com lágrimas
pelas dores físicas e emocionais, mantendo a esperança
Orar pelas promessas e pela continuidade
Criar órbitas de intimidade e de partilhas
Oferecer-se,
e tanto receber!
Reconheço cada linha do que escreve, Lili.
Reconheço e algumas vezes me pergunto se consigo dar conta de tudo isso que a condição de avó me convoca.