Cheguei em Paraty no segundo dia da FLIP, depois de seis horas de viagem, em um final de tarde chuvoso. As pedras brilhantes, arredondadas por séculos de tráfego de carros de boi, cavalos, burros e carroças causam admiração e temor. O conhecido “pé -de- moleque”, construído no século XVIII, durante o desenvolvimento do ciclo do ouro.
Continuar lendoMinhas águas, por Sylvia Loeb
Tenho um rio dentro de mim. Suas águas percorrem cada reentrância do meu corpo, é o grande meio de transporte de tudo que ele necessita:
Continuar lendo#avozices
Minha avó, por Sylvia Loeb
Na casa dela é que aconteciam as coisas mais maravilhosas do mundo!
Minha avó tinha uma cama imensa, com lençóis perfumados e frescos. Eu adorava dormir com ela, que tinha cheiro de lavanda e era bem gordinha. Eu punha as pernas em cima do seu corpo e dormia no embalo da sua respiração.
Continuar lendoTrespasse,
por Sylvia Loeb
Às 12:20 a luz do sol bate inclemente, fazendo com que a sombra flutue deslocada do corpo, que se move com hesitação. A ilusão da luz faz acreditar que são quatro as pernas, em vez das duas, delgadas, que tentam escalar a parede lisa. Ela tenta e cai, tenta e cai…
Continuar lendoWaze, reflexões em salto agulha de Sylvia Loeb
Os saltos altíssimos e muito finos faziam com que andasse na pontinha dos pés de modo desequilibrado, cuidando para não cair. Passadas mais largas eram impossíveis pela saia muito justa, o que resultava em pequenos pinotes.
Continuar lendoSylvia Loeb e as duas mulheres
de braços dados caminhando
na manhã de sábado as duas mulheres caminham de braços dados, sem pressa olham para o chão calças largas, tênis está gostando da novela? […]
Continuar lendoA janela do meu quarto,
por Sylvia Loeb
Da janela do meu quarto vejo um vale profundo; da janela do meu quarto, quando a tarde cai, vejo um presépio no vale, um céu
Continuar lendoUm fio de cabelo,
por Sylvia Loeb
No piso de mármore branco, um longo fio de cabelo negro. Espesso, forte, brilhante, maleável. Virgem. Sozinho, mas não solitário, apenas desgarrado. Sabe de onde
Continuar lendoCozinhas,
por Silvia Loeb
A mesa no centro da cozinha, dia de aniversário, dia de festa. Duas tigelas de vidro grandes, uma verde, outra amarela. Por dentro eram brancas.
Continuar lendoA visita,
por Sylvia Loeb
Sempre à noite, meia noite e meia, precisamente. Da primeira vez, parei de respirar. O som cavernoso, rouquenho vinha do fundo de algum buraco. Não
Continuar lendoInundação,
por Sylvia Loeb
Desde que houve uma invasão de hackers que roubaram os dados de milhões de pessoas, não paro de receber chamadas telefônicas. São várias por dia
Continuar lendoÉ possível que nesse momento, …quantas vontades…
por Sylvia Loeb
Uma manchinha vermelha risca o ar da esquerda pra a direita e pousa sem hesitação nas costas da minha mão, a mesma que foi operada
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