“Meu pai era um emérito contador de causos, histórias vividas ou presenciadas por ele. Após a refeição, nos aprisionava à volta da mesa apenas com sua retórica mágica. Sempre foi o grande provedor de livros desde minha infância, um incentivador de cultura que nos abriu caminhos para o prazer da leitura.
E eu, muitas vezes ao sair dali, procurando copiar aquela tonalidade lúdica de um encantador de serpentes, como via nele, me propunha a recontar para meus amiguinhos histórias que me emocionavam, livros que lia, filmes a que assistia nas matinês infantis.
Mais tarde percebi que alguns racontos eram fragmentos de vida com todas as características de um conto. E aproveitei-os, sem constrangimento pela “invasão de privacidade”, mas com a emoção da empatia, da paixão, sem nunca identificar protagonistas verdadeiros nas mágoas e frustrações de meus personagens.
Escrever é pintar com palavras: escrever é pintar, é fotografar, é captar momentos e concretizá-los em palavras e em textos. É criar imagens na percepção interna do leitor.
Escrever nos faz melhores leitores. Criar personagens é penetrar o misterioso mundo do outro, do diferente, não só compreendê-lo, mas ser capaz de amá-lo. Com empatia. Escrever certamente nos leva a ampliar o conhecimento da psique humana.
Existe um artista em todas as pessoas sensíveis; nem todas produzem Arte, mas são também artistas porque capazes de se emocionar com a Arte que outros produzem ou praticam.
Livros publicados:
A Arte de Escrever Histórias, Editora Manole, 2010
Era uma vez um gato xadrez, Escrituras Editora, Literatura Infantil em 3ª edição
A Mesa, Arranjo e Etiqueta, Manole Editora, 9° edição 2010
Marketing Pessoal, sua Importância para o Desenvolvimento Profissional, in Manual do Secretariado Executivo, Editora D’Livros
Nós, o gato e outras histórias, coautora, Contos, Miró Editorial, 2012
Inventário das sobras, Escrituras Editora, Contos, 2015
Está na mesa, CD, edição da autora 2014
Aconteceu no Vale do Paraiba, coautora, contos
Disco de cartolina, poemas, Editora Pólen, 2016
Cento e oitenta graus, org. coautora, Editora Pandorga.”
Manhã de outono, sábado. Laura tinha dormido bem, lia o jornal. Pelo interfone avisaram que o tapeceiro estava subindo com a poltrona que ela tinha
Continuar lendo
Esta é uma carta de desamor, despedida, aceitação definitiva do jogo que você propôs em nossos últimos dias juntos. Ou meses? A ausência de nós
Continuar lendo
“Com breves palavras minhas”… Assim o meu colega, lá dos velhos tempos de primário, começara seu poema. O professor interceptou o bilhete que ele tentava
Continuar lendo
Claire voltou bastante mexida da Assembleia da Hyperscience. Sabia que bastava um clique em seu minicontroler e tudo iria para o lugar em seu cérebro.
Continuar lendo
Depois que você viajou, decidi também me afastar um pouco da casa. Escalo a montanha íngreme, como as cabras montanhesas que vimos nas escarpas gregas.
Continuar lendo
Quando o Professor Olavo entrou na sala, os alunos do fundão explodiram em uma salva de palmas. Fim de ano, último dia de aula, o
Continuar lendo