A história da letra de Wave é conhecida, mas não custa relembrar. Tom Jobim havia composto a música e pedira a Chico Buarque para fazer a letra. Ocorre que havia um prazo para entregar o trabalho: seria tema de uma novela. O prazo se esgotando e nada do Chico entregar a letra. Quando Tom faz uma última cobrança, Chico avisa que ainda não conseguira fazer a letra, mas já tinha o primeiro verso: “vou te contar”.
Continuar lendoO Último Leitor, de Ricardo Piglia, e a Livraria Cultura, juntos na crônica de Carlos de Castro
Salvemos esse templo onde infinitas relações entre livros e leitores foram geradas, que tem servido de palco para inúmeros encontros com escritores, ponto de resistência das relações presenciais entre amantes da vida literária e do universo paralelo da cultura.
Continuar lendoTropicão,
por Carlos de Castro
Um banco no calçadão, O Velho e o Mar, a vista de Ilhabela
São Sebastião, rua da Praia. O fato é que Amâncio chegou cedo. O comércio só abre às 9:00. Não deu oito e meia ainda. Huum, melhor esperar, caçar um café, alguma coisa para ler – existiriam bancas de jornal ainda por aqui? Opa, olha só! Um banco vazio no calçadão…Sentou-se.
O Menino e o Cão, por Carlos de Castro
Paro no engarrafamento do Glicério: nada a fazer, esperar desentupir contemplando o chuvisqueiro que segue impassível. É quando alguns sons agudos conseguem invadir minha nave. Vem dos baixos do viaduto. Um filhote de cachorro latindo e correndo com uma criança maltrapilha de 3 ou 4 anos. Brincam felizes, alheios à manada de veículos que rasteja ao lado. A felicidade existe, vive de instantes, está ali a prova.
Continuar lendoA Música, de Carlos de Castro
És mistério/Prazer/Caminho de Luz/
És afeto/Abraço/Sangue pulsante/
És neblina/Sonho/Majestade
Questões pontuais
Carlos de Castro às voltas com o ponto e vírgula
Corre um dia qualquer do pós-futuro. Ainda existem porões, não mais subterrâneos, úmidos e escuros, próprios para a guarda de bons vinhos. Agora são metaporões, protegidos do acesso indevido – especialmente de humanos – por velhos e potentes cadeados de blockchains. Abrigar, “envelhecer” boas ideias, eis um dos usos mais nobres dos metaporões modernos
Continuar lendoAs Leoas de Carlos de Castro
Longe de pretender discutir ideologias de gênero, diversidades ou temas correlatos. Me ocorreu apenas, graças ao surgimento de uma antiquíssima lembrança, constatar a superioridade das mulheres em alguns quesitos.
Continuar lendoconvocando as águias para um canto de amor à Gaia, de Carlos de Castro
Águia, águia/Passeias na luz/Amarela da manhã/Planas na poeira do ar/Águia/Caia!/Agulhes teu mergulho atonal/Rompe a força bruta do vento/Solta teu grito de vida e morte
Continuar lendoCarlos de Castro no mesmo barco
Nós e a fantasia dos barcos, dos cais, do ir e voltar, das despedidas, do partir […}
Continuar lendoCrônica: as mãos presentes de Carlos de Castro
Trata-se de uma ilusão, uma falsa impressão inicial. Basta chegar a uma sala de espera ou às áreas de recepção internas para perceber que estamos num lugar completamente diferente. Basta sair um pouco de si mesmo […]
Continuar lendoCarlos de Castro em Budapeste, entre as línguas urálicas…e as pombas
Final de tarde de domingo em Budapeste. Saímos para dar uma caminhada pelas proximidades do hotel […]
Continuar lendohistória a partir de uma foto,
por Carlos de Castro
Tarde de sábado. Hora de desligamento invade as pessoas, por dentro e por fora. A desconversa da luta pela vida retrai […]
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