Venho do século passado imbuída desta percepção retrógada sobre o que pode ser definido como arte e seus limites e esbarrei hoje num vídeo que se intitula “SAVAGE X FENTY SHOW” no qual Rihanna é a protagonista.
Continuar lendo#boasleituras
Todos os nomes, indicação de Bettina Lenci
Leio livros. Muitas pessoas lêem. Há os que lêem muito, os que lêem pouco ou , simplesmente, não leem. Mas há os que gostam de sugerir um livro a alguém que gosta de ler. Acabo de terminar Todos os Nomes, romance escrito por José Saramago. Trata do Sr. José , obscuro funcionário de um cartório, em Portugal – que aqui leva o nome de Conservatória Geral do Registro Civil.
Continuar lendoBettina Lenci, em Portugal:
Um oceano
“O Brasil foi colônia de Portugal por 400 anos”, penso, ao deitar meu olhar no horizonte. Acomodada sobre uma pedra cavada pelo vento, encimada sobre uma rocha, contemplo ondas espumosas a bater na muralha de pedra cuja altura pode induzir a um suicídio, por tão sublime visão.
Continuar lendoM.
e as manchetes do dia,
por Bettina Lenci
Declarei o meu voto e ouvi silêncio. Silêncio que durou dias. Minha impaciência começou a germinar e preciso admitir, senti emergir uma vontade de brigar, pressupondo já saber qual seria a resposta de M. Talvez ele não a tenha dado para não perder uma cliente, talvez por achar que me ofenderia, que eu o censuraria.
Continuar lendoA casa da memória e a ampulheta na vitrine, por Bettina Lenci
Volto ao conteúdo das minhas recorrentes reflexões sobre o Tempo “que passa.” Que ele passa, passa mesmo, mas o coloco entre aspas porque no passar do tempo o mais comum é ouvir não só como passa rápido mas como aceitar, em tempo real, no corpo, o fenômeno da finitude Na verdade, sua percepção aguda nos atravessa enquanto temos a certeza de que existimos. Aceitá-lo como passageiro equivale a aceitar a nossa existência neste mundo.
Continuar lendoBettina Lenci às vésperas da votação para o segundo turno e o charme oculto da burguesia
Hoje é domingo, dia de reflexão. “O tempo que passa” é meu tema sobre os assuntos propostos pela vida e pela humanidade. Ele passa assim como o meu tempo e o do Brasil.
Continuar lendoA queda, por Bettina Lenci
A QUEDA, título desta crônica, não falará sobre a queda do dólar, a queda dos ambiciosos, dos projetos climáticos, a desejada queda do Putin e tampouco sobre a queda de qualquer um dos dois presidenciáveis. Não falará da queda do terceiro Reich, da queda da intolerância, da colonização continuada, da queda do preconceito, da queda da não-inserção social, da queda da incidência, da queda da falta de educação, do câncer, Alzheimer e por aí vai.
Continuar lendoBettina Lenci vai ao cinema com seus netos:
somos jurássicos
Interessante esta versão atual! Os atores são os mesmos dos filmes anteriores, mas, curioso, eles parecem correr dos dinossauros com a mesma velocidade de 30 anos atrás. Então conclui: são dublês!
Continuar lendoSE TODOS OS HOMENS DO MUNDO, o filme e a solidariedade possível, por Bettina Lenci
Hoje lembrei do filme: Se todos os homens do mundo. Um filme de 1956 que assisti com meus 15 ou 16 anos.
Continuar lendoBettina Lenci, Pablo Neruda
e a residência da memória
O jornalista tropeça em uma das calçadas de pedra descuidadas; bate o nariz no vidro de um carro e sangra muito. O acontecido o faz refletir — não sobre calçadas — mas sobre o regime de terror de Pinochet e as mortes sem túmulos de pedra. […]
Continuar lendo[abrimos um parênteses na ficção para a crônica de Bettina Lenci sobre o livro de Eliane Brum]
O livro de Eliane Brum sobre a Amazonia poderia ser um livro de ficção, mas não o é! É um alerta de urgência urgentíssima, de gravidade absurda e de pouco caso por parte do Estado e a maioria de nós, habitantes deste planeta. Cada vez mais obliterados pela facilidade e compensações da internet, desligamos o botão delete sobre o futuro e, pior, sobre a nossa consciência […]
Continuar lendodas águas, lembranças e fotografia
Bettina Lenci
Some o branco, mas imprime-se o perfil de silhuetas recortadas. Nestes espaços mutantes, nos quais a sombra das reformas molda lembranças, as câmaras escuras são as principais formadoras dos escombros da minha memória […]
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