LIBERDADE
O tempo é de espera
segura minha mão
sei conduzir seu destino
dizia-me ele
o senhor das certezas.
Nas noites sombrias
serrava meus sonhos
em mil pedaços
para compor
improváveis cenários:
– trem fora dos trilhos
– veleiro em mar revolto
– condor sem asa.
Em tudo há perigo
apontava ele.
Por tempo sem fim
sem nada de meu
segui seu rumo
desnuda de mim
em véus de nenhum eu.
Mto bonito o seu poema, Lourdes. “Desnuda de
mim em véus de nenhum eu” . Poesia das melhores. Parabéns!
Liberdade, só sem certezas. né, Lourdes?
Obrigada por nos lembrar disso !
Lindo poema!
Como dizer do ser alienado de si, à deriva, perdido nas certezas do outro?
Só você Lourdes, com seu poema maravilhoso.