Dedicado à Iracele, o meu amor imortal
Acordei com gritos de desespero
Era um domingo de manhã
Olhos vermelhos incrédulos
Meneio de cabeças incrédulas
Desamparo
Abismo
Solidão
Sentimentos em convulsão
A notícia atravessou-me como uma flecha
Transfixou o meu peito
Mas não saiu totalmente
Penetrou e ficou lá
Alojada no meu peito
Não houve sangramento profuso
Gotas marejaram
Pingaram nos meus pés
Salpicaram o chão do quarto
Transfixada
Imóvel
Inabalável
Às vezes (raras vezes) me esqueço dela
Às vezes (muitas vezes) dói, arde, lateja
Acostumei-me à flecha como parte de mim
Durmo, acordo, caminho
A flecha ainda está lá
Transfixada
Imóvel
Inabalável
Penso, sonho, rumino
A flecha ainda está lá
Transfixada
Imóvel
Inabalável
Virou inimiga íntima
Não tem problema, fique aí
Dói, mas é parte de mim
Agora, quero saber de você
De você não, de ti, como dirias tu no teu natural
Onde vives agora, amor?
Em que mundo?
Em que planeta?
Em que galáxia?
É longe ou perto daqui?
Há dias e noites onde estás, meu amor?
Há pessoas?
Há comida?
Há camas para dormir?
Onde dormes agora, meu amor?
Ainda sentes aquele sono louco nas manhãs?
Há manhãs, tardes, noites?
Há sol, lua, vento?
Aqui, vive o desalento
Agora, só quero saber de ti
Incessantemente
Compulsivamente
Apaixonadamente
A flecha virou minha companheira
Ouvinte dos meus ais
Parceira nos andurriais
Ensinou-me uma lição
Que posso amar-te ainda mais
Amar meu amor invisível
Amar meu amor que não fala
Amar meu amor que não ri
Amar meu amor que se cala
Amar, amar, enfim
Ufa! Este doe.
Sinto tanto!
Quanta saudade, que dor ……..
Um amor que nunca irá se apagar. Que dói de tanta beleza. Um mistério, um elo, um ímã, um sopro, um hino, um pouco do pedaço da chuva, um pitada do sol…um pedaço de lágrima, um roçar de espinho, um degrau, um patamar…uma vida que se ligou eternamente naquilo q de mais puro e divino se formou…um casal, um tango, um par …o amor na mais linda forma, que arde e faz tremer o chão…um homem que leva no peito a face rubra do amor…dois seres no paraíso
Um amor que nunca irá se apagar. Que dói de tanta beleza. Um mistério, um elo, um ímã, um sopro, um hino, um pouco do pedaço da chuva, um pitada do sol…um pedaço de lágrima, um roçar de espinho, um degrau, um patamar…uma vida que se ligou eternamente naquilo q de mais puro e divino se formou…um casal, um tango, um par …o amor na mais linda forma, que arde e faz tremer o chão…um homem que leva no peito a face rubra do amor…dois seres no paraíso
Amor invisível, e tão cálido! Que flechada, hein?!!!
Pelo seu poema da para sentir sua dor. Só posso dizer:
– Lamento… lamento… lamento, amigo.
Aí!!! Vivenciamos o tamanho desse amor. É uma grande dor…
Muito triste amiga
amor é uma flecha, espero que com o tempo vire parte de você…
Que coisa!!! Como separar a tristeza, a dor, da beleza de um sofrimento? Não consigo… pode ser morbidez, ver encanto, numa dor tão pungente? Perdão, Luciano…
Querido amigo: Linda, emocionante, forte e generosa mensagem. Espero que depois da dor venha a resignação e que depois fiquem as lindas recordações e ensinamentos. Forte abraço. Enio
Prezado Oliveiros: Em tempos tão nefastos, a beleza está em saber que a dor da perda reforça nossa condição de seres humanos. Que apesar dos exemplos atuais, ainda há esperança. Por outro lado, posso entender o lugar poético do teu íntimo comentário.