O ano era 1977, o feriado era de 7 de setembro. À minha frente, um mar calmo e azul, quando surgiu um barco e foi sendo ancorado bem de leve, assim como a brisa suave e se confundia com o dourado do sol.
Lá de longe avistei, andando em nossa direção, eu e duas amigas, um rapaz que já rondava os meus pensamentos, já tinha visto antes aquela figura jogando um frescobol de praia perfeito, tipo amor platônico de minha parte, admirar e nem pensar na possibilidade de conhecer pessoalmente, ele nem sabia que eu existia.
Pensei: Será verdade? É ele mesmo?
Era sim, ele em carne e osso, ali na nossa frente, nos convidando a um passeio pelo mar, afinal era amigo de minhas amigas e eu nem sabia.
Aceitamos prontamente o convite inesperado, nem estava no script do dia.
Nos dirigimos à embarcação com toda a alegria inerente à nossa juventude e loucas por novas aventuras.
Ele subiu no barco primeiro que nós, como um marinheiro hábil, garantindo assim um embarque sem atropelos.
Entre o balaço das ondas e a ansiedade em vivenciarmos um momento tão bom e diferente, fomos subindo, minhas amigas na frente, ele gentil e educado, ajudando no processo de acomodar todos da melhor maneira possível.
Fiquei por último, o destino quis, cada segundo era precioso entre uma onda e outra, para aproveitar um bom impulso. Dei o meu, o melhor que pude para não causar problema algum na logística divertida de subidas e descidas da maré.
– Pode subir sem medo, eu pego tua mão.
E no impulso fui, fui e a parte inferior do meu biquine de listrinhas azuis, foi também, por água a baixo, momento tenso!
Ainda com a peça descida, consegui ser amparada e cuidada pelo rapaz, um verdadeiro gentleman.
– Fique tranquila, ninguém viu nada.
Somente ele viu, somente ele tinha agora a visão do mais intimo de mim, somente ele não sabia que já morava no meu coração. Sua gentileza tinha me conquistado.
E o passeio foi lindo, conversamos, tomamos banho de mar, coca-cola geladinha e eu voltei pra casa com o sentimento mais transbordante de gratidão e paixão.
Dia seguinte, meu telefone foi passado a ele pela minha amiga, meia intrigada com o súbito interesse dele por mim.
Já se passaram 43 anos desse dia inesquecível e estamos juntos até hoje, curtindo agora nossa melhor idade, cheios de paixão, como se o tempo nunca tivesse passado. Temos uma filha que se chama Marina, simbolizando a nossa história.
Obrigada pela publicação.
Gratidão!
Amiga, história linda , por isso esse amor tão grande entre vcs. Não sabia da sua veia escritora, tudo com
Muita leve é encantador.
Obrigada Cícera.
Gosto muito de escrever.
Beijos no coração.
Apesar de já conhecer essa história, me emociono todas as vezes que ouço, ou leio como agora. Amo vocês dois, meu maior exemplo de casal! E essa escritora eu já sabia que existia e sempre dei a maior força pra que desabrochasse. Que seja apenas a primeira publicação de muitas. Te amo!
Que emoção ler a história de amor mais linda que conheço, a dos meus pais, eu sou a Marina que ama o mar de uma forma inexplicável e é só gratidão por ser um dos frutos desse amor verdadeiro 🥰 Mami você está incrível de escritora, não pare! 😘
Esta minha comadrinha é top. Parabéns Suzana!
Amiga querida, linda e apaixonante a sua historia. Sou feliz por poder testemunhar esse amor nos últimos 10 anos de amizade que a vida nos presenteou.
A vida deve ser vivida pelas boas lembranças que temos dos (as) amigos (as), das familias, dos conhecidos e dos amores! Ontem vendo um filme “FLORBELA” sobre a vda da Florbela Espanca, ouvi a frase :” O AMOR SÓ É AMOR SE FOR VIVIDO SEM MEDO!” Parabéns pelo texto e escreva mais! Saudades!
Gostei demais.Suzana é otima escritora.E a vida continua, cada dia melhor pra esses que se integram e se entregam.
Que linda sua história!!!!
Amei, parabéns!
Gratidão!!!
Obriga Déli!!!
Que sigam assim,você e Jean!!!
Até ficarem maduros e namorando muito!!
Suzana,
sua história me trouxe inveja. Talvez estou só ( depois de três viuvezes – uma delas a separação , equivalente a um acontecimento pior do que a viuvez – mas nao é disso que lhe falo!
sua história trouxe inveja porque nunca perdi o biquini ao subir no barco pelas mãos do meu amor hoje “envelhecido” – como um bom vinho – , de velhos, como este que v. está provando. Deve ser reconfortante e confortável viver um amor de velhos. Um dia de sol para usar biquini e passear de barco todos os dias.
te desejo muitas viagens ainda! sua colega de escrita.
De uma voltinha no meu site. Acredito que v. vá gostar! Continue escrevendo suas histórias e estórias.
Obrigada
Bettina
Emocionada com seu comentário.
Quem sabe se agora, no melhor da maturidade, por um acaso o biquíni da sabedoria não encontre um cavalheiro pra te pegar na mão.
Ainda somos jovens.
Receba meu abraço
Suzana
Obrigada !!!
Deli
Sigamos assim, distribuindo paixão!!