Dado queria voar, por Roselisa Pereira


 

 

Dado era um menino muito engraçado, cujo nome era Eduardo e todos o achavam muito danado.

Seu cabelo era encaracolado e de um tom caramelado.

Tinha o rosto clarinho e o olhinho apertado.

O sorriso do garoto, diziam que era maroto.

Mas Dado tinha um sonho que queria realizar, e um dia disse a si mesmo:

“Eu vou aprender a voar!”

 

Seu sonho tinha uma razão, pois vivia num lugar cheio de pássaro e gavião.

E se eles podiam voar, pensou:

“Irei minhas asas, arranjar!”.

Mas cansado de tanto sozinho pensar, decidiu pedir ajuda às cinco fadas do lugar: Teté, Mimi, Sara, Lilisa e Lulu.

A elas, tratou logo de perguntar.

Ao ouvir o sonho do menino, Fada Teté, prestativa, respondeu:

“Muito queria ajudar, mas sinto falar que criança não pode voar!”.

Já Fada Mimi, que gostava de experiência, saiu-se com uma ideia e sugeriu ao menino:

“Que tal fazer as asas com as folhas do pé de pepino?”.

Fada Sara, cautelosa, logo tratou de alertar:

“Conheço muito menino que de tanto querer voar, só conseguiu se machucar!”.

Fada Lilisa, respondeu ao priminho, docemente:

“Voar é coisa de passarinho e menino, se tentar, pode ficar doente!”.

Por fim, Fada Lulu, tratou de encerrar a questão:

“Pode fazer mal ao coração!”.

 

Vendo que estava complicado, foi tratar com o primo Dandan, que logo disse animado:

“Se conseguir, vou estar ao seu lado!”.

Resolveu insistir com mamãe, dizendo:

“Preciso aprender a voar…”.

Mamãe temerosa, logo respondeu:

“Se meu filho aprender a voar, nunca mais para casa vai voltar”.

Por último, em aflição, foi ao papai, que resolveu a questão:

“Se meu filho quer muito voar, papai então vai te levar para um passeio de avião”.

E assim, foram todos viajar e o voo tal sonho, realizar.

Lá de cima, Dado viu a terra, as matas, os rios e um grande céu azular.

 

Foi quando ele percebeu que para voar, não precisava de asas…

Elas pertencem aos passarinhos, que podem voar sozinhos.

E hoje, quando olha para o céu e vê os bichinhos no alto, brincando,

Pega logo suas asas de papel e pelo quintal, saiu pulando.

 

Com tudo isso, Dado teve um grande aprendizado:

O jeito mais fácil de voar é à noite, seus olhos fechar e com asas poder sonhar.

 

Eu sou Roselisa Mourão Eduardo Pereira. Tenho 58 anos, divorciada, mãe de duas filhas adultas, Jessica e Jennifer. Sou advogada há mais de trinta anos, tradutora/intérprete Inglês-Português, mas também falo Francês e Espanhol. Pós-graduada em Comércio Exterior e também, Coach Motivacional. Trabalho numa Operadora de Saúde, sou do Piauí (Teresina/Pedro Segundo) e moro há cinco anos em Brasília. Tenho vários manuscritos iniciados, ou precisando ser revistos e gostaria de poder trabalhar menos e me dedicar mais à minha maior paixão, a escrita.

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