Era uma lágrima
Nascida sofrendo
Desde sua partida
Logo se perdendo
Toda ressequida
Fora uma lágrima
Bem triste surgida
Pronto derramada
Pela face escorrida
E à mão amparada
Essa lágrima saudosa
Daquela emoção vivida
Cresceu tão conflituosa
Que restou consumida
E assim se foi perecida
As lágrimas saídas
Como enxurradas
Dos olhos vertidas
Partindo enlutadas
Jorram esquecidas
Lágrimas vivem em vão
Suas inúteis curtas vidas
E como gotas eliminadas
Geradas de muita emoção
Desaparecem acabadas
E há lágrima não surgida
Que sonha em ser expelida
A nunca mais persistir retida
Presa de saudade incontida
Por quem tanto ama na vida
Além das lágrimas perdidas
Há as que estão prometidas
Para esse amor que persiste
Mas contidas em suas vidas
Não brotam de tão sofridas
Éder, quanta poesia tem em suas veias!
Que lindeza de poema, nem triste da para ficar.
Eu amei isso aqui:
“Essa lágrima saudosa
Daquela emoção vivida..”
Entendo bem essa lágrima…
Beijos
Triste e lindo !
Ouçam a peça de piano de Mussorgsky “Uma lágrima” que é inspiradora para todos. Depois de ouvi-la qualquer um se derrama nas suas próprias….
Eder
Que bela e triste lágrima. Por favor confirme qual é a composição de Mussorgsky que com ela chora.
Abraços
Opa, agora vi seu comentário. Irei atrás da Lágrima Mussorgkyana
Vida tão curta a das lágrimas vertidas… A das invertidas são mais tristes ainda…
Belissima homenagem