Hoje lembrei-me das borboletas amarelas. Aquelas, que costumavam visitar a minha e a sua janela e batiam levemente as asas nos vidros.
Você se lembra de que roçavam nossa face quando abríamos as vidraças para que o vento nos revoasse os cabelos, nos fechasse os olhos e nos fizesse sorrir?
Havia as que entravam dentro de casa tornando a sala cheia da luz que o amarelo traz…
Como queríamos que ficassem ali! Estáticos, para que não se assustassem, observávamos silenciosos os seus movimentos.
Houve aquela que pousou na sua cama, e ali ficou por um dia e uma noite. Para que não se fosse, dormimos no chão. Assim que amanheceu o dia eu a vi voar pela janela aberta.
Não, jamais prenderíamos uma das nossas borboletas.
Por isso voltavam e nos traziam a alegria dos que voam e são cobertos de cores.
Quando você se foi, pensei que tinham ido com você. Depois soube que você pensava estarem comigo.
Hoje sei que não voltaram, nem em rápida visita, para nenhum de nós dois.
Foi a forma que encontraram para protestar por não termos sabido cuidar do sentimento que, de tão grande, nos ultrapassava e chegava até elas.
Que lindo! Texto tocante.
Obrigada pelo comentário Leonardo!
Tita
Singelo. Emociona.
Alfredo, muito obrigada
Tita
Lindo. Uma revoada pelos encontros e desencontros da vida.
Obrigada pelo comentário Leonardo!
Tita
Olá Carlos.
E assim pela vida vamos revogando.
Abraço
Tita
revoando.
Abraço
Tita
Lindo, Tita.
Final inesperado, tocante e triste.