O tempo passei/Quando fiz meus dez/Bem vividos e nem lembrei
Então caminhei/Atingindo aqueles vinte/Porém, neles nunca pensei
Mas fui em frente/Quando em trinta cheguei/E então até me entusiasmei
Continuar lendoO tempo passei/Quando fiz meus dez/Bem vividos e nem lembrei
Então caminhei/Atingindo aqueles vinte/Porém, neles nunca pensei
Mas fui em frente/Quando em trinta cheguei/E então até me entusiasmei
Continuar lendoAssim que me calei, uma voz chegou aos meus ouvidos: “Se te tornas isto, serás aquilo”. RUMI (Jalāl al-Dīn Muḥammad Rūmī, poeta persa do século 13)
Continuar lendoLá estava, um a mais na procissão de dias, acocorada, cotovelos nos joelhos, mãos apoiando a cabeça, parecia corcova de cupinzeiro, imóvel, olhar fixo, onde? Nem a respiração preguiçosa lhe movia, tampouco o friozinho conseguia tirar dela alguns arrepios, manhãzinha bem cedo, somente ela e alguns quero-queros trocando passos pela beira do lago, encoberto por uma larga e rala cobertura, qual algodão doce.
Continuar lendoConcentração de luz. Infinitas são as maneiras da luz recair, com precisão, em um determinado ponto para focar uma mensagem. Quando um visitante do Museu Judaico em Berlim é guiado para dentro de um cubículo de concreto onde um mínimo foco de luz solitário e certeiro recai sobre o piso, impossível não refletir sobre o último momento de vida de milhares de pessoas exterminadas nas câmaras de gás…
Continuar lendoO mundo inverteu-se! O que era não é mais! Sei que tal conclusão, sendo afirmada com tanta ênfase, ou é idiota ou nasce nas entranhas de uma senhora de idade avançada. Mas, sejamos claros: o que no passado estava na cara, hoje não está mais! Tenho 80 anos e estou perfeitamente apta a viajar e a passar meu cartão de crédito sem ser enganada por algum vendedor espertinho.
Continuar lendouitos atravessam a vida sem ter contato com a morte. Outros a veem de passagem, quando perdem alguém querido. E há aqueles que convivem com ela cotidianamente. Coveiros, agentes funerários, enfermeiros, médicos: cada um concilia vida e morte à sua maneira. Uns tornam-se duros, outros filósofos, alguns se matam. Vou contar aqui como entrei para “esse grupo”.
Continuar lendoAntes de começar, nosso compromisso não é trazer crítica de arte e, sim, sugestões de filmes, séries, literatura, música e artes em geral, para serem apreciadas e gerar debates e conversas sadias, na concordância ou discordância, com os nossos leitores. Todos estão convidados para essa conversa boa!
Continuar lendoUma notícia de última hora:
Onda de calor ameaça clube de escritores.
Calor extremo: temperaturas ultrapassam o pico. Summit [a palavra já é poesia]. Cume do inferno.
Os termômetros enlouqueceram. A poesia é fresquinha.
Por volta dos meus 11 anos, no recreio do ginásio, uma amiga inteligente e persuasiva me chamou de lado e disse: tenho que te mostrar algo que você irá adorar. Era um livrinho de capa azul, em pelica, com arremates dourado. O texto e as ilustrações em papel bem fino e delicado. Lembro da boa sensação ao manuseá-lo. O tema versava sobre o fim do mundo e o surgimento de um novo Paraíso para os que se salvaram. Já na primeira página a ilustração de uma família feliz abraçada no Éden, agora a nova Terra, que dizia: e Deus enxugará tuas lágrimas, e não haverá mais sangue, nem suor, nem dor.
Continuar lendoO boi tem aqueles dois chifres na cabeça: são meros enfeites inúteis, só isso. Os mamíferos têm as mamas nos peitos, mas na vaca elas ficam atrás o que a impede de beijar a cria enquanto amamenta, prova irrefutável de ser um animal utilitário destreinado em afetos o que também é útil ao humano. O boi está sempre em pé sobre as quatro patas, e até quando dorme nunca fecha os olhos.
Continuar lendoSe você, como eu, adorava as histórias de Agatha Christie, Conan Doyle, Simenon, e Hercule Poirot, Sherlock Holmes e Jules Maigret eram seus herois no início da adolescência, então você vai se deliciar com O Clube do Crime das Quintas-feiras, do apresentador da BBC britânica e escritor Richard Osman.
Continuar lendoNuma agradável tarde de sábado, visitando a Feira do Livro do Pacaembu, caiu em minhas mãos o livro “Escrever é Muito Perigoso” de Olga Tokarczuk. Confesso que essa escritora polonesa, escolhida para o Nobel de Literatura em 2018, era para mim completamente desconhecida.
Continuar lendo